No senso comum a palavra cultura é
usada como sinônimo de conhecimento e erudição.
Ouve-se com frequência a expressão "fulano é
uma pessoa culta." Porém, a antropologia, ciência
que estuda a diversidade cultural das sociedades define cultura de outra
maneira.
No século XIX os europeus acreditavam que as crenças,
valores e sentimentos de algumas sociedades eram superiores às
crenças, valores e sentimentos de outras sociedades denominadas
por eles de "primitivas".
No
séc. XX o conceito de cultura modifica-se. De fato, as sociedades
não são todas iguais, mas nem por isto uma é melhor
do que outra. Elas são apenas diferentes. É a cultura,
através da linguagem, da religião, da política,
do parentesco, da culinária...que permite através de uma
diversidade de traços culturais afirmar que a Inglaterra é
diferente da França da mesma maneira que os planaltinos não
são os litorâneos.
Esta roupagem que cada sociedade tem para que não seja confundida
uma com a outra, chama-se identidade cultural. Ela é quem dá
ao grupo a sua noção de ser e pertencer a um determinado
lugar. Ao mesmo tempo que este processo de pertencimento ocorre coletivamente,
também ocorre individualmente e por isto cada indivíduo
adquire uma referência de mundo que lhe permite dizer: "eu
sou um morretense e não um curitibano"
Portanto a cultura é um código de crenças, costumes
e valores compartilhado sempre coletivamente e que não só
faz com que cada sociedade se diferencie de sua sociedade vizinha, como
no nível individual a cultura dá a cada um uma resposta
para a incansável pergunta: Quem sou eu?